A dor no tendão de Aquiles é uma queixa comum em consultórios de ortopedia, especialmente entre praticantes de atividades físicas como corrida, futebol e dança.
Essa condição, vale lembrar, também pode afetar indivíduos com rotina sedentária.
Quando ignorada, a dor pode evoluir e impactar significativamente a mobilidade, por isso é importante procurar o médico ortopedistas antes do quadro se agravar, lembre-se: na medicina, o prognóstico é sempre melhor quando o tratamento é feito no início.
O tendão de Aquiles conecta os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar e é o maior e mais forte tendão do corpo humano, exatamente por isso é bastante suscetível a lesões e inflamações, especialmente quando submetido a esforço repetitivo ou excesso de carga.
As principais causas de dor no tendão de Aquiles incluem:
Tendinite de Aquiles: inflamação do tendão, geralmente causada por uso excessivo, sobrecarga durante exercícios ou falta de alongamento adequado.
Tendinose: desgaste crônico do tendão, com espessamento e microlesões, comum em atletas ou pessoas acima dos 35 anos.
Ruptura do tendão: lesão mais grave, geralmente decorrente de movimentos bruscos, que pode causar dor súbita e perda de força no pé.
Fatores anatômicos e biomecânicos: como pés planos ou desalinhamento dos membros inferiores.
Uso de calçados inadequados ou com pouca absorção de impacto.
Os sintomas variam conforme a gravidade do quadro, mas os mais frequentes incluem:
Dor e rigidez na parte de trás do tornozelo, principalmente pela manhã ou após atividades físicas.
Inchaço ao longo do tendão.
Sensibilidade ao toque ou pressão.
Limitação de movimento e dificuldade para caminhar ou ficar na ponta dos pés.
Em casos de ruptura, pode-se sentir um estalido no momento da lesão, seguido de dor intensa e perda de força.
O diagnóstico começa com uma avaliação clínica detalhada, na qual examinamos a região afetada, observamos a marcha do paciente e analisamos os sintomas relatados. Para confirmar a causa da dor e avaliar a extensão da lesão, podem ser solicitados exames como:
Ultrassonografia: ajuda a visualizar inflamações ou rupturas.
Ressonância magnética: fornece imagens mais detalhadas do tendão e das estruturas ao redor.
Radiografias: em alguns casos, podem ser úteis para descartar outras causas de dor no calcanhar.
O tratamento depende do tipo e da gravidade da lesão, variando entre abordagens conservadoras e, em casos mais severos, cirúrgicas.
Repouso e modificação de atividades: evitar esportes de impacto até que a dor desapareça.
Gelo local: aplicação de compressas de gelo ajuda a reduzir a inflamação e a dor.
Medicamentos anti-inflamatórios: podem ser prescritos para alívio dos sintomas.
Fisioterapia: exercícios de alongamento e fortalecimento são essenciais para recuperar a função do tendão.
Palmilhas e calçados adequados: ajudam a corrigir a postura e reduzir o impacto sobre o tendão.
Ondas de choque: técnica não invasiva que estimula a regeneração do tecido tendíneo.
Infiltrações: em alguns casos, podem ser usadas substâncias como ácido hialurônico ou fatores de crescimento para acelerar a recuperação.
A cirurgia é indicada nos casos de ruptura completa do tendão ou quando os tratamentos convencionais não apresentam melhora após meses. O procedimento visa reparar ou reconstruir o tendão, e o tempo de recuperação pode variar entre 3 e 6 meses, dependendo do caso.
Sentir dor no tendão de Aquiles não deve ser considerado algo normal, especialmente quando os sintomas persistem por mais de alguns dias, a dica, nesses casos, é procurar prontamente o ortopedista para avaliação.
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